segunda-feira, 22 de junho de 2009

Oficina de Fotografia

No dia 15 de junho de 2009 (segunda-feira), a equipe do Projeto Símbolo do Meu Bairro realizou uma oficina de fotografia com alunos de 6ª, 7ª e 8ª séries da Escola Estadual Silviano Brandão.

Os alunos foram às ruas da Lagoinha portando câmeras fotográficas, buscando suas próprias referências dentro do bairro. As fotografias evidenciam que a Lagoinha não é feita só de casinhas antigas - quase sempre degradadas -, muitas delas mostram o cotidiano dos moradores.

Esta oficina visou despertar nos alunos a consciência e a sensibilização quanto ao patrimônio no local onde vivem. Ao final da atividade ficou a certeza de que a molecada vai passar a olhar a Lagoinha com outros olhos.

Nossa equipe agradece a participação dos alunos e a colaboração da E. E. Silviano Brandão.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dias de déjà vu

O projeto Símbolo do Meu Bairro, depois de um período de reformulação, está de volta. E volta em um momento muito interessante para o bairro Lagoinha. As obras de duplicação (reduplicação? quadruplicação?) da Avenida Antônio Carlos estão a todo vapor. Muitos moradores devem estar sendo assolados por aquela estranha sensação de 'déjà vu'.

"Já não vivemos isso antes?"

De fato, as atuais obras da grande avenida trazem à tona tristes recordações de quando os primeiros quarteirões da Lagoinha foram sendo varridos do cenário urbano. Eram os anos 40 e o 'progresso' estava apenas chegando. E agora? Depois de quase 70 anos, a idéia de progresso ainda é a mesma? É lamentável pensar que não houve nenhuma evolução no modo de tratar a cidade. Ainda hoje, na primeira década do século XXI, não se é possível incluir a preservação do patrimônio no planejamento urbano.

Escrevo não só como parte de uma equipe de pesquisa no bairro Lagoinha, mas sobretudo como alguém que viu a casa de seus bisavós ser botada a baixo para que mais carros possam circular.

E cantamos mais uma vez.... Adeus Lagoinha adeus.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Personagem do mês: Padre Candinho

Quem viveu na Lagoinha entre as décadas de 50 e 60, com certeza, ouviu falar de Padre Candinho. Um padre dinâmico, muito envolvido com os assuntos da igreja e um enérgico educador, fundou o Colégio Nossa Senhora da Conceição - já extinto - e a casa paroquial com a ajuda de doações do povo. Além disso, pode ser considerado um exímio contador de histórias.

Tomo emprestado o relato de Fernanda Araújo sobre a história da velha casula, publicado no site Recanto das Letras.

"Aos sábados, Pe. Candinho reunia as crianças, do movimento "Cruzada Eucarística", depois da missa e, com seu carinho e dom, nos contava lindas histórias. Lembro-me que chorei quando ele nos contou a história da velha casula. Muitos detalhes ficaram perdidos no tempo, mas lembro-me bem daquela passagem que fala do padre que sempre celebrava a missa vestido de uma velha e manchada casula. Seus paroquianos ficavam implicados, pois havia na igreja outras casulas, mas aquela era a preferida dele. Surgiam boatos, mas ninguém tinha a coragem de fazer indagações a respeito dessa preferência. Quando chegou a época do natal, a comunidade paroquial decidiu dar-lhe uma linda casula para que ele usasse na missa da meia-noite. As bordadeiras capricharam e a nova veste ficou realmente muito linda!

Chega o grande dia. Todos aguardavam ansiosos a hora da missa. A igreja estava repleta. Foi dado o sinal para o início da cerimônia e entra a procissão comandada pela equipe de liturgia e acompanhada pela equipe de celebração e os coroinhas. E logo após aparece o celebrante com a casula velha! A turma não se conteve com tamanha decepção e, no final da missa, dele se aproximaram a costureira, as bordadeiras e mais um grupo do Apostolado da Oração. Reclamaram da falta de delicadeza, de gratidão, de agradecimento por parte dele em não usar o presente tão lindo que elas fizeram com tanto carinho. E aquele padre, com a voz embargada, pela primeira vez, conta-lhes o motivo de seu grande amor por uma peça manchada e velha:

Era grande a perseguição à igreja , quando se ordenou naquela distante cidade que fazia parte da Rússia comunista. As missas eram celebradas com as portas fechadas. Não podiam cantar nem rezar em voz alta. Era tudo muito discreto para cumprir as determinações das autoridades do governo. Ele feliz, corajoso, celebrava a santa missa, na cidadezinha onde morava, sempre acompanhado de sua piedosa mãezinha.

Um dia, estava ele, já quase no final da cerimônia, quando entram a cavalo alguns soldados que se dirigiram ao altar com o alvo já determinado. Mas sua mãe foi mais rápida que eles e abraçou seu filho padre. Com o golpe que recebeu, morreu ali mesmo, nos braços do filho. A casula, toda manchada de sangue, foi testemunha desse ato heróico de sua mãe. E dela ele nunca se separou. Terminou a narrativa com a voz já embargada pela emoção e as lágrimas já molhavam o seu rosto. A turma em silêncio dali se retirou.

E foi com grande respeito que aquela comunidade passou a participar das cerimônias religiosas, e a casula velha e manchada teve sempre seu lugar de honra no cenário paroquial".


Acima, Padre Candinho sendo homenageado pela ONG Valorizar por seu aniversário em 3 de setembro.

Você conhece alguma história de Padre Candinho? Conte para nós!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O padre, a banda e a jardineira




Conta-se que durante uma procissão houve um divertido incidente. Desciam a Rua Adalberto Ferraz o padre, os coroinhas e duas longas filas de fiéis, carregando o andor com Cristo morto ao som das marchas fúnebres tocadas pela banda.

Chegando à Rua Itapecerica, o padre notou que se aproximava uma jardineira, um daqueles antigos veículos de madeira, e então gritou para a banda “a jardineira, a jardineira, a jardineira!” Na mesma hora, obedecendo ao padre, a banda começou a tocar “ô jardineira por que estás tão triste? mas o que foi que te aconteceu?”, marchinha que fazia muito sucesso naquela época.

Alguns dizem que o caso engraçado aconteceu mesmo... Outros dizem que essa velha história é invenção.

E você? Também já ouviu falar sobre a confusão da banda com a jardineira?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Projeto Símbolo do Meu Bairro




Dia 6 de outubro, a equipe do Projeto Símbolo do Meu Bairro realizou uma reunião com alguns moradores da Lagoinha. A intenção era que o grupo nos ajudasse a refletir sobre referências importantes para o bairro, que poderiam se tornar candidatos a Símbolo da Lagoinha.

Nossa equipe agora está reunindo todas as informações – desde a fase de pesquisa até a contribuição dos moradores – e preparando uma lista com os finalistas para a eleição em março de 2009.


Até lá faremos a divulgução da eleição e buscaremos mais parcerias para que o bairro possa escolher seu símbolo da melhor forma possível.



Fiquem atentos a novas atualizações!


Abaixo, algumas imagens do nosso encontro.



segunda-feira, 25 de agosto de 2008

"Adeus Lagoinha adeus,
estão levando o que resta de mim.
Dizem que é força do progresso.
Um minuto eu peço,
Para ver seu fim."